Conflitos são parte natural do ambiente escolar. Eles podem surgir de diferenças de opinião, disputas por liderança ou até mesmo por dificuldades de comunicação. No entanto, compreender os perfis comportamentais da Teoria DISC pode ajudar professores e gestores a gerir os conflitos e intervir de forma mais assertiva, reduzindo tensões e promovendo um clima de respeito e cooperação.
Perfis comportamentais baseados na Teoria DISC
A Teoria DISC classifica os indivíduos em quatro estilos principais:
- Dominância (D): pessoas objetivas, competitivas, que buscam conquistar resultados rapidamente.
- Influência (I): indivíduos expansivos, comunicativos e que valorizam reconhecimento social.
- Estabilidade (S): alunos tranquilos, pacientes e que priorizam harmonia no ambiente.
- Conformidade (C): perfis analíticos, detalhistas e que se orientam por normas e regras.
Embora cada estudante possa ter traços de todos os estilos, geralmente há um ou dois que se sobressaem, influenciando a forma como reagem diante de situações de conflito.
Como os alunos podem se encaixar nesses perfis?
Utilizando uma abordagem da psicologia escolar, saiba de quais formas os estudantes podem se encaixar nos perfis da Teoria DISC.
- Dominantes (D): podem se envolver em discussões por querer impor sua visão ou assumir o comando em atividades.
- Influentes (I): tendem a se expressar muito em debates, podendo gerar mal-entendidos pela impulsividade ou pela busca de aprovação.
- Estáveis (S): normalmente evitam o conflito, mas podem se sentir desconfortáveis quando expostos a ambientes de alta pressão.
- Conformes (C): preferem argumentar com base em regras e fatos, podendo se frustrar quando percebem que os colegas não seguem padrões estabelecidos.
Como o professor pode gerir conflitos em sala de aula?
Na gestão de sala de aula, existem diversas formas de gerir conflitos. Baseando-se nos perfis comportamentais dos alunos, os professores podem trabalhar das seguintes formas:
- Com alunos dominantes (D): é importante mostrar firmeza e estabelecer limites claros, sem confrontar diretamente. Propor mediações que valorizem sua capacidade de liderança pode transformar a energia competitiva em colaboração.
- Com alunos influentes (I): ouvir suas opiniões, validar sua participação e oferecer oportunidades para que expressem ideias em contextos positivos ajudam a reduzir tensões. Estratégias coletivas, como debates organizados, são eficazes.
- Com alunos estáveis (S): dar tempo para que falem, reforçar a escuta ativa e promover acordos que priorizem a harmonia do grupo facilita o processo de resolução. Eles podem atuar como mediadores naturais entre colegas.
- Com alunos conformes (C): usar argumentos baseados em regras ou critérios objetivos ajuda a encerrar discussões. Incentivar que apresentem soluções práticas pode evitar que se fechem em críticas excessivas.
Outras estratégias para a gestão de conflitos escolares
Além de adaptar a abordagem aos diferentes perfis, algumas práticas universais contribuem para a prevenção e a resolução de conflitos:
- Promover rodas de conversa: espaço para expressão segura e escuta mútua.
- Trabalhar a educação socioemocional: desenvolver empatia, autocontrole e comunicação não-violenta, a partir de atividades práticas e avaliações socioemocionais.
- Estabelecer combinados coletivos: regras construídas com a turma fortalecem o senso de responsabilidade compartilhada.
Ferramentas práticas para começar
Atualmente, é possível utilizar ferramentas de mapeamento comportamental, como o CIS Assessment. A ideia é aplicar a teoria DISC juntamente com outras referências da psicologia para gerar um retrato aprofundado e personalizado do perfil de cada pessoa.
Educadores e líderes escolares podem aproveitar essas ferramentas para compreender mais profundamente seus alunos e oferecer um acompanhamento individualizado, gerando impactos positivos diretos na qualidade do ensino.
Autor convidado: Blog Imaginie Educação – Tudo o que você precisa para melhorar os resultados da sua escola está aqui!