O que é mais fácil para você: a inovação ou entrar na rotina viciosa do trabalho? Dia após dia nos encontramos diante do computador (dependendo de sua profissão) realizando a mesma atividade do dia anterior, virando um “tarefeiro”.
Se você já assistiu Chaplin em Tempos Modernos, onde o seu personagem aperta parafusos todos os dias, mesmo sem entender o impacto que isso traria para o resultado final do processo, você sabe do que estou falando.
A rotina involuntária de trabalho
Tal vício, sendo involuntário ou não, acaba atrapalhando toda a gestão da equipe, da empresa e da entrega excelente do serviço e material. E pior que isso: invalida inúmeros funcionários, que, lá no fundo, tinham grande potencial para se destacarem.
E exatamente por isso que os gestores, gerentes e líderes devem ficar atentos aos vários elementos que validam a inovação das empresas. Eles são os guias, o norte, a planta baixa de todo o terreno. Não se esqueçam!
E aí surge o termo “inovar”, considerado um verbo quase enigmático, sendo comumente apresentado em planos, metas e teorias nos espaços de estudos e nas grandes organizações.
A palavra, como podemos observar, se empobreceu, visto que é usado constantemente por pessoas que pouco produzem inovações.
Já percebeu que tudo atualmente é uma grande ideia?
E quando a inovação não dá certo?
Inovação, nesse caso, é o resultado da união perfeita entre:
- Criatividade: Serve para gerar uma ideia disruptiva sobre uma nova forma de produzir um serviço.
- Viabilidade: Funciona nos aspectos técnicos, tecnológicos, econômico-financeiros, operacionais e mercadológicos. Aqui deve ser analisado para prever se é possível tornar a ideia em um produto ou serviço que gere lucro.
- Demanda: Assegura que, quando a ideia se concretizar em um produto ou serviço, haverá interesse por parte dos clientes em comprá-lo. Com essa união, é perceptível que inovar em uma organização não é uma tarefa tão simples, principalmente, quando o gestor não tem apego à cultura do lugar. Por isso que, para um negócio se beneficiar da inovação, é importante que ela seja implementada a partir de estratégia, planejamento e visão de mercado.
Para isso, o líder e sua equipe devem desenvolver o PDCA, ferramenta de qualidade utilizada no controle de processos, que tem a solução de problemas como foco principal. Suas quatro fases consistem em:
- P de planejamento, dividido em objetivo, meta e método;
- D de desenvolvimento, dividido em treinamento e execução;
- C de checagem;
- A de ação corretiva.
E depois do PDCA? O que devemos fazer? Em um cenário competitivo como esse em que mudanças acontecem rápidas, mais do que nunca, a inovação deve ser a regra para empresas que não querem estagnar.
Os cinco pilares da inovação
É preciso trabalhar com uma série de práticas organizacionais que tem o objetivo de gerar insights, estimular a geração de ideias e organizar o processo de inovação na rotina. Para isso, segundo Marcos Alencar, mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), existem alguns elementos para decolar com a sua inovação e a dos seus funcionários da empresa onde atua. Descubra quais são:
1. Inovação deve ser uma prioridade
Se o processo de inovação não tiver no coração da sua empresa, seus resultados não serão aqueles que poderiam ser.
Lembre-se: Inovar é ampliar as possibilidades de crescimento da participação de seus negócios no mercado.
2. A inovação precisa de um ambiente próspero
Um ambiente favorável para a inovação se faz com a junção de quatro elementos:
- Decisão da diretoria em incentivar e apoiar a inovação de produtos e serviços;
- Orçamento suficiente para investir;
- Um líder responsável por traçar os objetivos e metas de inovação e articular os esforços dos colaboradores para alcançá-los;
- Cultura de inovação incorporada na razão de existir da empresa.
- A equipe precisa estar engajada para inovar
Opiniões e planejamentos não são criados por computadores. E exatamente por isso que a inovação exige pessoas completamente engajadas, seja através de treinamentos, workshops e cursos, dentro ou fora do ambiente da empresa.
3. Esteja pronto para parcerias
A inovação na sua empresa pode até vir sozinha, mas quando atua-se em parceria, os resultados são bem melhores, já que podem ajustar implantações de posturas inovadoras nos negócios. É possível e devemos aprender juntos, sim.
Por exemplo, empresas como a Uber e Spotify, que fecharam parceria, em 2014, no intuito de oferecer aos clientes a escolha da trilha sonora da viagem, humanizando e tornando o trajeto ainda mais agradável.
Qual das empresas se beneficiaram mais com isso? Fica a questão.
4. Aja sempre com profissionalismo e planejamento
Ao estruturar o processo de inovação, identifique quais são suas fontes de ideias, como será sua seleção e aprovação de ideias, teste de conceito, protótipo de produtos e serviços etc, e quais serão seu encaminhamento para produção interna ou externa, lançamento.
Marcos Alencar também considera outro ponto importante nessa categoria: é preciso levar em consideração o estabelecimento dos fluxos de informações e os registros gerados no processo.
Não se esqueça de que usar recursos como softwares de gestão de projetos para planejamento, controle, distribuição e acompanhamento de todas as atividades relacionadas à inovação.
5. Reconheça os esforços
Defina os critérios de reconhecimento dos esforços de inovação dos seus colaboradores.
Invista em planejamento, em análise de mercado, em pesquisa, em reuniões com sua equipe. Estruture de forma organizada o processo de inovação para não sofrer com resultados insatisfatórios.
Gostou das dicas? Confira a Formação em Gestão de Perfil Comportamental CIS Assessment!
Nos vemos no próximo texto.