Na rotina das empresas do século XXI, se relacionar no ambiente de trabalho é o que une efetivamente as equipes em busca do objetivo de sucesso. Porém, essa união ideal entre os profissionais e o desenvolvimento de atividades de alta-performance pode ser alterado ou impedido por comportamentos conhecidos como micromovimentos.
O que são os micromovimentos?
De acordo com a pesquisadora americana Kerry Roberts Gibson, publicado na Harvard Business Review, nossas relações de trabalho são afetadas por micromovimentos, tipos de pequenos comportamentos que parecem irrelevantes no momento, mas que afetam nossos relacionamentos empresariais.
Esses movimentos podem ser de dois tipos:
- Aproximação: No primeiro, por exemplo, quando recebemos um bom dia no elevador ou algum colega de sala nos faz uma gratidão, essas ações fazem com que as relações fiquem mais próximas.
- Afastamento: Pense em uma informação que fora pedida a um setor há cerca de uma semana. Até o momento, nenhuma resposta foi retornada ao responsável e isso está causando um desgaste entre os colaboradores, que pode deteriorar-se rapidamente.
Esses micromovimentos tendem a ser desafiadores em qualquer estrutura organizacional. Mas, assim como são totalmente identificáveis, são completamente sanáveis através de uma medida simples: o desenvolvimento de inteligência emocional.
Micromovimentos e a Inteligência emocional
A inteligência emocional se traduz na possibilidade do ser humano de aprender a lidar com as próprias emoções e usufruí-las em benefício próprio. Aprender, também, a compreender os sentimentos e comportamentos do outro.
De acordo com pesquisas divulgadas na Harvard Business Review, os sujeitos tendem a controlar suas emoções de duas formas:
Supressão: Essa atitude, como o nome já diz, é suprimir os sentimentos e fingir que eles não estão afetando você.
Reavaliação: Atitude muito comum como, durante uma reunião, um dos participantes mostra-se incomodado por alguma atitude do resto da equipe. Seu semblante muda, seu corpo fala, mas perguntando se gostaria de falar algo, ele diz que tudo está bem e que a reunião pode prosseguir.
O interessante, aponta o relatório, é que assim como o próprio sujeito sofre os resultados dessa atitude, as pessoas ao redor tem seus níveis de estresse elevados por não compreenderem o que está acontecendo naquele momento.
Reavaliar suas atitudes pode ser a estratégia mais eficiente quando nossa inteligência emocional é colocada à prova, principalmente diante dos micromovimentos nas relações empresariais. Repensar uma situação acalma. Por isso a importância da inteligência emocional é para a vida.
Você encontra a sua essência quando consegue conciliar o lado emocional e o racional do cérebro, neutralizando as emoções negativas, as quais produzem comportamentos destrutivos e, então, potencializa as emoções positivas para gerar os resultados desejados.
O comportamento como a solução
A solução mais viável para solucionar esses micromovimentos nos relacionamentos empresariais é o conhecimento do comportamento humano.
Sabe-se que esses são problemas recorrentes no ambiente de trabalho, e que ocasionam uma perda de produtividade pela desentendimento entre colaboradores e a gerência. Desenvolver melhores níveis de inteligência emocional também é necessário nas corporações de hoje.
Entender como o comportamento humano influencia nas relações interpessoais das organizações é fundamental para que o trabalho alcance a alta-performance. Essa prática, que deve ser diária, auxilia também o processo de liderança nas empresas, entendendo como as pessoas se comportam, identificando pontos que podem ser melhorados nos colaboradores.
Existem quatro grupos de comportamento humano nas organizações que tornam possível definir uma abordagem assertiva para cada tipo de colaborador e, assim, ajudam o líder de um empreendimento a aumentar a produtividade de sua equipe, já que, conhecendo as características inerentes de cada um, é possível conseguir um resultado melhor tanto individualmente quanto no todo de um relacionamento empresarial.
Dominantes (D)
Os Dominantes são aqueles colaboradores que tem um foco muito grande em resultados. Sua motivação está em realizar suas tarefas com perfeição.
São funcionários eficientes, que sabem traçar um objetivo e uma forma clara de atingi-lo. Seu dinamismo é o seu grande diferencial: é rápido desde a estratégia até a execução.
Apesar disso, não trabalham muito bem em grupo porque tendem a mandar e desmandar. São muito críticos consigo e com os outros. Seu ideal de atingir a perfeição pode levá-lo a um estado em que só consegue trabalhar sozinho.
Um gerente ou líder, trabalhando com esse tipo de indivíduo, precisa ajudá-lo a entender que é preciso ouvir. Direcionar essa pessoa a entender e seguir as diretrizes dadas pela empresa pode fazer com que ela renda muito mais, pois estimula o foco nos objetivos e metas.
Influentes (I)
Os Influentes são absolutamente criativas, tendo tendências ao empreendedorismo. Usa seu poder de convencimento sobre os outros para inspirá-los a dar o seu melhor no trabalho, da mesma forma que o faz a si mesmo.
Tem na dificuldade com a disciplina um ponto que precisa ser melhorado. Uma pessoa que se enquadra nesse perfil é vibrante e costuma chamar muita atenção para si.
Para lidar com esse comportamento, o gestor precisa alocar o colaborar em atividades que exijam criatividade, sempre dando uma resposta ao seu comportamento relativo e à sua atitude dentro da equipe.
É preciso fazê-lo ver que ele é parte de um time, e que não pode ser considerado exclusivo.
Estáveis (S)
Os Estáveis são aqueles que amam estabelecer relacionamentos dentro das empresas. Dessa forma, são muito sociáveis e gostam de motivação, tanto para si quanto para os outros. São amigos de todos, adoram conversar para fortalecer ou aumentar os laços de amizade, bem como levá-las para fora do ambiente de trabalho.
Para que o excesso de conversa, por exemplo, não prejudique a performance no trabalho, os líderes precisam ajudá-lo a focar em seus resultados. Com pequenos ajustes dessa categoria, o estável já consegue se adaptar e realizar as devidas entregas.
Resumindo: conversar menos e fazer mais.
Entretanto, sem deixar de lado o seu traço humano, que o faz tão compreensivo e disponível aos outros.
Conformes (C)
Os Conformes são pessoas que aquelas que tem grande apreço aos procedimentos. Sentem-se seguros quando seguem as normas, sem desviar-se no meio do caminho.
Guardam a fama de ser pessoas sérias e que têm grande responsabilidade com sua função. Gostam da estabilidade e por isso preferem muito mais ter sua atenção voltada aos detalhes de uma tarefa, fazendo tudo com muito cuidado.
Seu perfeccionismo pode trazer certa confusão a uma pessoa nesse grupo. Isso porque, ao procurar muitas informações, acaba se enrolando. Consequentemente, tem baixíssimo poder de decisão.
Para esse tipo de profissional, os líderes de uma organização precisam ajudá-lo a inovar. Direcionar esse colaborador a pensar diferente, sem se apegar tanto a suas crenças. Isso irá ajudá-lo a tomar decisões com mais rapidez, usando a sua conhecida disciplina para atingir resultados mais facilmente.
Por isso, conhecer o seu perfil comportamental, identificar suas habilidades e competências, é sem dúvida, uma das maiores contribuições que os perfis comportamentais podem oferecer a sua informação.
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