A entrada no ensino superior marca um dos períodos mais intensos de adaptação na vida acadêmica. Mudança de rotina, maior autonomia e novas demandas cognitivas fazem com que cada estudante reaja de maneira distinta.
Nesse cenário, compreender o perfil comportamental dos alunos, especialmente com base na teoria DISC, pode ajudar instituições e professores a oferecerem suporte mais eficiente.
Perfis comportamentais baseados na teoria DISC
A teoria DISC classifica os comportamentos humanos em quatro tendências principais:
Dominância (D)
Pessoas com alta dominância são objetivas, diretas e orientadas a resultados. Preferem desafios, autonomia e decisões rápidas. No contexto acadêmico, costumam buscar protagonismo e competitividade.
Influência (I)
Estudantes desse perfil são comunicativos, sociáveis e motivados pelo contato humano. Funcionam melhor em ambientes colaborativos e se engajam facilmente quando podem interagir e participar ativamente.
Estabilidade (S)
O perfil S valoriza segurança, constância e harmonia. São alunos mais reservados, que lidam bem com rotinas estruturadas e preferem previsibilidade nas atividades.
Conformidade (C)
Caracterizado por foco em precisão, detalhes e lógica. São estudantes analíticos, atentos a regras e que se destacam em tarefas que exigem organização e rigor metodológico.
Como os alunos do ensino superior podem se encaixar nesses perfis?
A transição para o ensino superior deixa claro que não existe um único modo de aprender, e os perfis DISC ajudam a compreender essas diferenças. Veja como cada perfil costuma se manifestar:
- Aluno D: tende a escolher caminhos rápidos e objetivos, prefere atividades que permitam competir ou liderar. Pode se frustrar com processos burocráticos.
- Aluno I: se conecta facilmente com grupos de estudo e projetos colaborativos, mas pode ter dificuldade em manter foco em tarefas repetitivas.
- Aluno S: costuma apresentar quietude e cautela; adapta-se melhor quando recebe instruções claras e um ambiente acolhedor. Mudanças bruscas podem gerar ansiedade.
- Aluno C: geralmente destaca-se em pesquisas, relatórios e análises complexas; porém, pode demorar mais para tomar decisões ou expor ideias em público.
Reconhecer essas nuances permite que instituições criem estratégias personalizadas para favorecer o desenvolvimento acadêmico e emocional dos estudantes.
De quais formas os professores podem lidar com os alunos?
Compreender os perfis comportamentais não significa rotular estudantes, mas adaptar práticas pedagógicas para potencializar o aprendizado. Algumas estratégias eficazes incluem:
1. Diversificar metodologias de ensino
- Propor debates e atividades práticas para perfis D e I.
- Usar roteiros estruturados e exercícios sequenciais para perfis S.
- Incluir análises aprofundadas e estudos de caso para perfis C.
2. Oferecer canais de comunicação variados
Alunos I preferem conversas abertas; alunos C se comunicam melhor por escrito; alunos S precisam de tempo para elaborar respostas; alunos D apreciam objetividade.
3. Criar um ambiente emocionalmente seguro
Acolher dúvidas e erros é especialmente importante para perfis S e C, que possuem maior cautela e medo de falhar. Isso favorece o engajamento e a persistência.
4. Dar autonomia com responsabilidade
Estudantes D e I florescem quando têm espaço para liderar projetos, desde que acompanhem prazos e critérios bem definidos.
5. Estimular autorregulação
Ajudar os estudantes a reconhecer o próprio perfil comportamental fortalece processos como organização, tomada de decisão e gerenciamento de tempo.

Como o CIS Assessment pode apoiar esse processo no ensino superior
O CIS Assessment é uma ferramenta que identifica tendências comportamentais a partir da metodologia DISC, permitindo que instituições de ensino superior compreendam melhor como seus alunos reagem a desafios, mudanças e demandas acadêmicas.
Ao utilizar a avaliação em momentos como acolhimento, tutoria ou orientação estudantil, professores e coordenadores conseguem reconhecer com clareza perfis Dominantes, Influentes, Estáveis e Conformes, ajustando suas práticas de ensino e acompanhamento de acordo com as necessidades de cada grupo.
Com esses dados, a universidade pode personalizar estratégias de apoio, antecipar dificuldades de adaptação e reduzir riscos de evasão. O instrumento também ajuda o próprio estudante a entender seus padrões de comportamento, fortalecendo habilidades socioemocionais essenciais para a vida acadêmica, como organização, autorregulação e comunicação.
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