Como o perfil comportamental facilita a implantação da NR-1

pessoas trabalhando juntas usando perfil comportamental e nr-1

A NR-1 é uma das normas mais estratégicas quando falamos de gestão de segurança e saúde no trabalho (SST). Seja você um empresário ou recrutador, sua correta implementação representa não apenas conformidade legal, mas também redução de riscos, ganho de eficiência operacional e fortalecimento da cultura organizacional.

Com o apoio de ferramentas comportamentais como o CIS Assessment, empresas de diversos segmentos têm conseguido aplicar a NR-1 de forma mais prática, assertiva e personalizada. Consequentemente, isso gera maior engajamento dos colaboradores e resultados concretos em segurança e performance.

Para entender esse contexto, batemos um papo com Débora Catarina, analista CIS Assessment e especialista em carreira saudável e bem-estar organizacional, para saber como foi o match entre a tecnologia e a implementação da Norma Regulamentadora. Confira!

Blog CIS Assessment: Pra começar a nossa conversa, fale um pouco sobre a sua trajetória profissional e o que despertou o seu interesse em atuar com a NR-1. 

Débora: Bom, eu venho de uma jornada na área de segurança do trabalho, com 12 anos de experiência no setor corporativo industrial. Eu atuei bastante no polo industrial da Baixada Santista, então o polo industrial de Cubatão, ali na área da Petrobras, Anglo-América, Carbocloro, enfim, algumas outras empresas na Baixada também. Depois, vim pra São Paulo e atuei em alguns outros contextos na parte civil e também na área hospitalar, em dois hospitais de referência em São Paulo. 

Nesse momento que estou em um desses hospitais, eu conheço a Febracis e tenho aquele despertar para atuar com essa demanda do trabalho. Então, em 2021, eu fiz um ajuste nessa minha forma de cuidar das carreiras para que as empresas tenham ambientes mais seguros e mais saudáveis, apenas com o olhar da segurança do trabalho, esse olhar mais técnico, e começo a agregar o olhar do comportamento humano.

Independentemente de todas essas empresas que eu já passei, sejam as que tinham mais ou menos recursos, o grande ponto de virada para uma companhia com mais casos, seja de acidentes ou de adoecimentos, está relacionado ao comportamento, à cultura comportamental dessa instituição.

Então, foi algo que me chamou bastante a atenção no início. Eu passei a atender sempre utilizando o Assessment, a ferramenta que transformou a minha forma de me relacionar comigo primeiramente, depois comecei a entender as pessoas à minha volta. 

No início de 2024, comecei a receber convites para voltar ao corporativo e fazer atendimento diretamente para empresas. Foi quando eu acabei retomando essa minha atuação frente ao corporativo, não só os atendimentos individuais.

Agora, com a atualização da NR-1, traz à tona uma necessidade de explicitar não só o levantamento dos perigos e riscos psicossociais, mas também quais são as tratativas. Aí enxerguei, justamente nesse momento do mercado, a possibilidade de levar para as empresas, agora com uma forma, inclusive normativa, usando esse argumento para transformar a cultura de saúde e segurança através do comportamento humano.

Blog CIS Assessment: Como é o seu trabalho com ferramentas de perfil comportamental? E o que chamou a sua atenção para adotar o CIS Assessment como uma ferramenta essencial para o seu trabalho com o NR-1? 

Débora: Nesse período de atendimento às empresas, eu acabei ficando um bom tempo sem utilizar o CIS Assessment, não por uma decisão técnica minha, mas por uma opção dos clientes que já utilizavam outras ferramentas de mercado, um desejo de manter a mesma forma de registro, o mesmo banco de dados, para fim de comparação histórica do processo dentro da organização. 

Mas eu confesso que sempre houve um desejo de retornar para o CIS Assessment justamente por, até utilizando outras ferramentas de mercado e comparando, me certificar mais uma vez de que realmente é a ferramenta mais completa de mercado. Ela traz os dados de forma muito pertinente para a construção de um plano de ação, de um plano de desenvolvimento individual que o colaborador realmente se sinta contemplado, se sinta visto. 

Então, para um desses clientes eu fiz a proposta de utilizar o CIS Assessment para o aprimoramento do atendimento da NR-1. Eles deram um voto de confiança e eu fiquei muito satisfeita, muito feliz.

Inclusive, por aceitarem essa possibilidade de migração de ferramenta no momento em que há tanta dúvida no mercado em relação a qual tipo de ferramenta utilizar, qual profissional que deve fazer essa avaliação e o que pode apoiar a organização nesse sentido. Até por remeter, quando falamos de riscos psicossociais, ao profissional da psicologia que pode, sim, atender essa demanda. Porém, nós, enquanto analistas ou coaches formados pela Febracis, podemos apoiar a organização com a execução de um plano de ação que vai, de fato, minimizar os riscos psicossociais.

Blog CIS Assessment: E como a nossa tecnologia vem ajudando no seu trabalho? Você pode comentar algum case que envolve o CIS Assessment e a NR-1?

Débora: Foi justamente quando eu demonstrei para esse cliente que quando nós falamos do gerenciamento dos riscos psicossociais, de atuar na organização do trabalho e na parte de relacionamentos interpessoais, que eles aceitaram utilizar a ferramenta do CIS Assessment para esse aprimoramento ao atendimento da NR-1. 

Esse é um cliente que já tem várias ações em andamento, já atende a NR-1, mas que com essa alteração da redação vai precisar explicitar não só o levantamento dos perigos e riscos, mas também quais são as tratativas, quais são as ações concretas para a minimização desses riscos e dos efeitos deles no momento de trabalho. 

Então, nós iniciamos com o workshop do Decifre e Influencie Pessoas, nesse momento para os quatro gestores e 13 líderes das regionais. E tem sido uma experiência muito interessante. Tem até o depoimento da gerente administrativa, que foi com quem nós tratamos o fechamento deste contrato.

Ela deu um feedback muito positivo, inclusive estava chocada porque foi a primeira vez que o dono da empresa ficou em um treinamento até o final. Então, achou a abordagem muito relevante, muito prática durante a aplicação do workshop Decifre e Influencie Pessoas. 

As próximas etapas do projeto agora são as devolutivas individuais para os gerentes, a devolutiva em grupo para os líderes e a reunião de devolutiva do relatório de DNA Organizacional.

Mas eles já entenderam, desde o workshop, o quanto nós podemos apoiar a organização no sentido de reduzir a pressão e sobrecarga, falta de reconhecimento, retrabalho e delegação de atividades, entendendo qual é o perfil comportamental das equipes e também de cada uma das demandas, das metas de cada um dos setores. Então, eles entenderam que é importante valorizar as diferenças, mas também ter ações diferentes para pessoas diferentes e para setores diferentes com metas diferentes.

Essa foi uma ficha que caiu no encerramento do workshop. Eles deram um depoimento do quanto foi importante essa abordagem humana e deles se sentirem acolhidos num primeiro momento, já que o líder acaba sendo essa figura que é a ponte entre as metas e objetivos da organização e também para os trabalhadores, que acabam, muitas vezes, tendo uma responsabilidade que eles não estão preparados para atender. Então, entender essa figura do líder, que é um cuidador, que reconhece as diferenças e que extrai o melhor do time, foi uma experiência bem interessante.

Eles se sentiram não só munidos de ferramentas, mas comentaram também do quanto se sentiram acolhidos por serem olhados como pessoas que precisam de recursos para dar o seu melhor. Então, foi uma experiência bem interessante. 

Na pesquisa de satisfação, eles explicaram o quanto foi útil esse primeiro encontro do workshop para já sinalizar alguns pontos que eles podem ajustar. Também que eles podem, sim, reconhecer pontos dentro das equipes e trazer para as reuniões estratégicas, pedindo, inclusive, um plano de ação focado para o seu setor de acordo com as metas e com as pessoas que eles têm em cada um desses departamentos.

Blog CIS Assessment: E na sua opinião, por que é importante que as lideranças também passem pelo CIS Assessment durante o processo de gestão de risco? 

Débora: Na minha opinião, os líderes deveriam passar pelo processo do CIS Assessment, especialmente nesse momento do gerenciamento dos riscos psicossociais, porque autoconhecimento é justamente um dos pilares para a gente criar um ambiente de trabalho mais saudável e mais humano. Não existe o autogerenciamento sem o autoconhecimento

Então, ao entender o seu próprio perfil, o líder, o gestor, ele vai ganhar clareza sobre como se comunica, como lida com a pressão e como enxerga as pessoas. E isso tem um impacto direto na forma como ele vai conduzir a equipe. Muitas vezes, por não ter consciência disso, ele pode interpretar o comportamento do colaborador com base nos seus próprios filtros e acabar reforçando julgamentos ou criando tensões desnecessárias. 

Quando ele tem acesso ao relatório completo dele e também da equipe, tem um verdadeiro raio-X não só dos pontos fortes, mas também dos pontos de desenvolvimento, tem possibilidade de compreender quem se motiva mais por segurança, quem busca mais desafio, quais são os perfis mais voltados para o processo, para o resultado, e por aí vai. Com essas informações, ele vai conseguir ajustar a forma como dá feedback, como delega tarefas, como reconhece e engaja cada uma das pessoas, sem gerar sobrecarga, mas também sem gerar subcarga.

Muito se fala sobre sobrecarga, mas a subcarga também é um ponto importante que poucas pessoas falam. Então, verdadeiramente, acredito que os líderes deveriam passar pelo processo do CIS Assessment, porque é uma possibilidade de gerir com mais precisão, com empatia e com estratégia. Então, não só reduzir os riscos psicossociais, mas também melhorar a performance do time e fortalecer o senso de pertencimento dessa equipe.

Blog CIS Assessment: Você já percebeu alguma diferença na adesão ou mesmo no engajamento no seu treinamento depois que você fez o mapeamento de perfil? Ou já teve algum momento em que esse entendimento evitou problemas de segurança ou integração quando a gente fala de conhecer o perfil de cada pessoa, dos gestores e líderes? 

Débora: Olhando para o futuro, eu vejo o uso das tecnologias do CIS Assessment na área de saúde, segurança e trabalho como uma grande oportunidade, porque segurança e saúde são, sim, sobre processos, sobre infraestrutura. 

[Porém, aqui também falamos] Sobre relações humanas, sobre como as pessoas lidam com pressão, com autoridade, com autonomia, sobre o quanto se tem clareza dos seus papéis. [Também observamos] Se há um passo a passo claro para a realização de determinada atividade para que ela seja feita de forma segura, e o quanto essa pessoa tem condições de atender a essa demanda que a atividade exige. 

Quando nós passamos a entender o comportamento humano como parte central da prevenção, conseguimos ampliar esse olhar e deixamos de trabalhar apenas com normas e controles. Nós passamos a atuar também com cultura, com pertencimento e com sentido. E isso transforma não só o ambiente de trabalho, mas também a forma como as pessoas se relacionam consigo mesmas e com quem está à sua volta. 

Como nós ainda estamos em andamento com essa rodada do CIS Assessment para o atendimento da NR-1, não tenho dados comparativos fechados sobre a adesão ou o engajamento aos demais treinamentos obrigatórios. Mas já é perceptível uma mudança de postura, principalmente da alta direção, que participou do workshop de forma integral e decidiu também parar toda a liderança nesse mesmo período para que eles estivessem presentes do início ao fim. 

Então, isso reforça uma mensagem importante, um posicionamento diferenciado da companhia. De que não só os liderados precisam de atenção e cuidado, mas também os líderes, que serão de fato esse agente, essa ponte entre os objetivos estratégicos da organização e os trabalhadores. 

Sobre as situações em que o entendimento de perfil evitou problemas, sim, já presenciei alguns casos, não só nesse meu atendimento às empresas, mas também quando tinha feito a minha formação. Nessa época, em uma equipe da segurança do trabalho, muitas vezes o que parecia um desinteresse ou uma resistência se mostrou apenas uma diferença de ritmo, de motivação, de entendimento, da necessidade de um pouco mais de detalhes, de mais clareza do seu próprio papel para conseguir desempenhar a atividade, não só de forma produtiva, mas também com mais segurança.

Conclusão

A aplicação da NR-1 não é apenas uma questão de conformidade; é uma estratégia de gestão de pessoas e prevenção de riscos. O CIS Assessment viabiliza um processo mais claro, objetivo e eficaz, alinhado às metas da empresa e ao bem-estar dos colaboradores.

Se você é empresário, gestor de RH ou profissional de SST, e busca mais resultados com menos esforço operacional, considere o CIS Assessment como parte da sua solução para implantar a NR-1 com inteligência e eficiência. Entre em contato com o nosso time para saber mais sobre as nossas ferramentas e como se tornar uma pessoa especialista em perfil comportamental.

Receba mais conteúdos

Digite seu email no campo abaixo para receber nossos conteúdos!

Compartilhe esse post com seus amigos!