Independentemente da sua a área de atuação, a dúvida entre o que fazer a prática ou a teoria persiste desde priscas eras.
Apesar da resistência que há com o método tradicional de educação no Brasil e em alguns outros países do globo, é inevitável que, para que você venha a aprender uma técnica e/ou uma metodologia antes alguém teve que se dedicar a esse assunto e mostrá-lo na prática como que acontece.
Nesse sentido, o conhecimento acadêmico se diferencia do senso comum justamente por ter um grande diferencial e embasamento moldado por teorias científicas.
Através disso, quando o profissional for atuar no mercado de trabalho, ele não só vai utilizar a sua especialidade técnica como também vai saber apontar como ela surgiu, como foi aplicada, porque vale a pena ser testada, porque impacta vidas etc.
Mas isso não é tudo.
A prática, entretanto, continua sendo um diferencial de poucos.
Tudo bem que, com uma ou mais hipóteses, um especialista busca descobrir a explicação mais verídica para o assunto aplicado. Por vezes, existem várias causas para o problema em questão.
Quando encontra as respostas que procurava, o estudante publica o resultado do trabalho, que pode embasar o surgimento de uma teoria.
Mas e as atividades práticas na especialização?
No dia a dia, é comum escutar que determinadas pessoas nasceram com o dom para fazer certa atividade, por exemplo, cantores, médicos e jogadores de futebol. Por mais que isso tenha um fundo de verdade, não significa que tais pessoas não necessitaram se aperfeiçoar na prática para ter um “repertório de recursos”.
Estranho, não?
Esse termo quer dizer um conjunto de conhecimentos, técnicas e metodologias que o especialista pode usar para a encontrar soluções para os problemas que vai encarar no mercado de trabalho ou no contato com outros perfis diferentes do seu.
Quando tem esse repertório de recursos, a pessoa pode orientar um cliente no sentido de encontrar a resposta mais adequada para a situação enfrentada, por exemplo. Ou melhor que isso: pode convencer a pessoa (sem prática) a exercer o que você deseja.
Por exemplo: um paciente não confiaria com 100% de precisão em um estagiário de medicina, por mais exemplar que ele fosse. Mas confiaria em um doutor graduado e que já fez inúmeras cirurgias.
Você pagaria uma quantia altíssima para assistir uma banda que acabou de começar ou pagaria esse valor em um artista que seria altamente eficaz em sua performance?
Em resumo: a prática é, sim, primordial na confiança do público para com o serviço ou produto. Por mais incrível que seja o trabalho da pessoa, sem a prática adequada, infelizmente, essa pessoa é esquecida no limbo onde se encontra tantos outros.
Discussão
Segundo Deibson Silva, no livro Decifre e Influencie Pessoas, “não é de hoje que o comportamento humano intriga e fascina estudiosos, líderes e interessados em ter relações interpessoais com mais qualidade”, algo que, segundo o autor, justifica porque temos tanto interesse em compreender como as pessoas agem.
Com a prática, é inegável, no caso, que as pessoas possam entender as outras de uma forma melhor. Uma pessoa de perfil Influente, completamente eufórico com as atividades ao seu redor, pode incomodar um estável, por exemplo.
Depois de aprender a lidar com esses perfis, é notório que o adaptado do influente ganha forças para saber como lidar diretamente com os outros perfis, sem interferir diretamente na forma como eles agem.
Caso contrário, a pessoa pode ter uma atuação ruim, já que não vai ter a inteligência necessária para descobrir saídas para os desafios de lidar com o mercado de trabalho e, principalmente, com as pessoas.
A prática dentro do mercado de trabalho
Uma boa opção para exercer essa prática diária (e não ficar preso exclusivamente na teoria) é participar das variadas atividades da faculdade em que é possível conciliar teoria e prática.
Por exemplo: estágio, programas de extensão, empresa júnior, núcleos de prática e iniciação científica são possibilidades de o aluno de graduação executar os conhecimentos aprendidos nas aulas.
Não teve a opção de cursar o ensino superior? Tudo bem! Por que não ler livros e colocar em prática o que aprender?
Dica: conheça culturas, pessoas, lugares, histórias! Ao participar desse tipo de atividade, a pessoa vai viver situações que nem sempre estão descritas em cursos. Desse modo, ele terá que desenvolver o raciocínio e contar com a ajuda de colegas para encontrar soluções para os problemas enfrentados.
Repertório é tudo!
E como o mercado valoriza o profissional que tem conhecimento prático aliado à teoria?
Se você já viu algum anúncio de vaga de trabalho, é provável que tenha visto o quesito experiência como condição para o candidato ser contratado pela empresa, certo? No entanto, como podemos contratar alguém que nunca trabalhou ou atendeu esse critério?
Afinal, o mercado de trabalho procura profissionais completos, que não só saibam executar tarefas, como também, tenham o conhecimento necessário.
Dessa forma, quem consegue demonstrar teoria e prática na rotina da profissão e no contato com outros funcionários, tende a ser requisitado pelos gestores da empresa e pelo mercado de trabalho.
A tendência é que esse perfil de colaborador tenha mais chances de crescer na carreira, por exemplo, ao assumir cargos de gerência, supervisão, direção etc.